sexta-feira, 23 de julho de 2010

IRÃ







Durante o período Islâmico, a arquitetura no Irã obteve enormes progressos, especialmente com relação aos edifícios religiosos. As técnicas usadas pelos Sassanidas foram adotadas pelo Islamismo e mesquitas com uma cúpula central e dois minaretes tornaram-se, aos poucos, uma regra. Estas formas, que tornaram-se uma característica das mesquitas iranianas, constituem um visual distintivo às cidades e vilarejos do Irã. Diversas grandes mesquitas do período Seljuq ainda permanecem existentes; dentre elas destaca-se a "Mesquita de Sexta-Feira" (Masjid-i-Jamé), localizada na cidade de Isfahan, e que nos dá uma idéia do grau de perfeição alcançado pela arquitetura desta época. O uso da ornamentação com tijolos também foi difundido de forma especial.

Nos períodos dos Timuridas e Safavidas, cúpulas e minaretes tornaram-se cada vez mais afilados e o uso de azulejos esmaltados, que era típico entre todas as modernas construções religiosas Persas, passou a ser de uso geral.

Obras-primas como a Mesquita do Sheikh Lotfollâh em Isfahan, assim como as mesquitas e mausoléus de Samarkand, correspondem a maravilhosas ilustrações de como esta arquitetura utilizava azulejos esmaltados cobertos por arabescos, estilos florais e versos do Alcorão para decorarem seus edifícios. Isfahan, em particular, a capital dos Safavidas, com suas numerosas mesquitas, palácios, pontes e caravanas, representa uma jóia da arquitetura iraniana deste notável período.

A influência da arquitetura iraniana nesta época foi especialmente forte na Índia, em seus famosos monumentos como, por exemplo, o Taj Mahal, que contém diversos elementos retirados desta tradição arquitetônica.
Caligrafia
Ao lado da arquitetura, a caligrafia é a principal arte religiosa nos países Islâmicos. O fato de se copiar versos do Sagrado Alcorão já corresponde a um ato de devoção e, com os séculos, artistas muçulmanos inventaram diversos tipos de escrita árabe, em escrituras que variavam da mais severa reprodução dos caracteres à mais branda.
No Irã, um grande número de estilos caligráficos foram criados e esta arte alcançou um grau de refinamento de tal ordem que tem sido considerada sempre como a principal forma de arte.
Até hoje uma bela escrita é característica de um homem culto e os iranianos mostram grande respeito pela caligrafia. Esta atitude é aparente a muito tempo atrás, desde a época dos Abbasidas e Seljuques, quando os manuscritos começaram a ser produzidos e que tornaram-se notáveis tanto na caligrafia quanto nas ilustrações. Entre tais manuscritos não são encontrados somente cópias do Alcorão, mas também trabalhos científicos e históricos.
Ilustrações
Uma das formas iranianas de arte mais conhecidas é a ilustração. No Irã, a escultura não se desenvolveu após a chegada do Islã, porém, a arte da ilustração em livros conduziu a uma criação gradual da arte pictórica intimamente ligada ao desenvolvimento da literatura. O primeiro trabalho ilustrado de grande valor foi a Coleção de Crônicas por Rashid al-Din que data do século 13. Após a invasão Mongol, a influência da China tornou-se cada vez mais aparente e trouxe à pintura Persa o refinamento e delicadeza, atingindo seu ápice na época dos Timuridas e Safavidas. O livro que inspirou a maioria das ilustrações foi o poema épico de Firdousi. O mais belo e famoso livro ilustrado foi o Shah-Nameh na versão de Demmote. O mais conhecido ilustrador iraniano chama-se Behzad que viveu no século 15 e cuja influência foi sentida no período Safavida. Os Safavidas tiveram um interesse especial nesta forma artística que passou a ser praticada extensivamente, influenciando, ao mesmo tempo, a pintura indiana contemporânea.
Foi na época de Shah Abbas que outro grande ilustrador, Reza Abbassi, viveu e pintou. Seu estilo serviu para inspirar pintores dos séculos 17 e 18. Após o final do período Safavida, a arte da ilustração entrou rapidamente em declínio. No período dos Qajares uma nova escola de pintura formou-se e possuía determinados aspectos de sua arte baseados em técnicas de pinturas européias, especialmente com relação à perspectiva e certo naturalismo.
Tapetes
No século passado, a moda dos tapetes iranianos espalhou-se por todo o mundo, de tal modo que pouquíssimas residências na Europa não o possuíam. A origem dos tapetes iranianos pertencem a tempos remotos. Pastores nômades costumavam espalhar pequenos tapetes em suas tendas e, até hoje, os iranianos preferem Ter o chão de suas casas cobertos por tapetes. Existem provas de que os tapetes iranianos existiam antes da época islâmica.
No período islâmico, tribos turcas iniciaram suas imigrações para a Anatólia. Suas jornadas os levaram através do Irã onde algumas destas tribos decidiram permanecer nas regiões ao norte do país. Os Turcos já possuíam tapetes tecidos a muito tempo, utilizando um tipo especial de laço. Da idade média em diante, os iranianos combinaram o nó turco com o seus próprios nós persas que diversificou vastamente as diferentes maneiras de se tecer um tapete.
Os monarcas Safavidas foram os primeiros a patrocinar a manufatura de tapetes. Assim como a arte têxtil e tantas outras, a arte da tapeçaria atingiu seu maior grau de perfeição nos séculos 16 e 17. A maioria dos tapetes presentes em museus do mundo inteiro datam deste período. Após a queda dos Safavidas, esta arte entrou em declínio e só foi receber novo ímpeto no período dos Qajares. Foi daí em diante que o mercado europeu abriu suas portas aos tapetes iranianos que eram, geralmente, importados de Istambul. Devido às demandas deste mercado, as rendas e as cores apresentaram certas mudanças. Hoje porém, assim como no passado, um tapete iraniano de boa qualidade, que não é manufaturado objetivando o lucro, expressa o prazer e a criatividade do artesão.
A fama universal do tapete iraniano deve-se basicamente à delicadeza do nó, à novidade nos estilos e na durabilidade e coordenação das cores utilizadas.
Diferentes regiões no Irã possuem diferentes características naturais que diferem entre si na forma na qual é aplicada da renda, tanto que o estilo do tapete é suficiente para se determinar a qual região ele pertence.
Artesanato
Em adição à manufatura de tapetes, que tem sido apreciado, certamente, por seu verdadeiro valor, os artesãos iranianos também têm mostrado seus talentos em outros campos menos conhecidos.
Em um extenso país como o Irã, onde existe uma variedade de climas, de tradições que se conhecem e se interagem entre si e onde os diversos contatos entre iranianos e povos de países vizinhos contribuíram para a formação de sua rica cultura, torna-se óbvio que, durante séculos, artesanatos altamente diversificados e elaborados foram desenvolvidos.
Os principais exemplos das habilidades dos artesãos iranianos estão presentes no *Khatam, na esmaltagem, no metal e suas combinações, objetos de couro, madeira e trabalhos de gravações, cerâmica, bordados e tricô.
Khatam corresponde a uma técnica onde o artesão combina tiras de madeira em diferentes cores, marfim, osso e metal para produzir uma variedade de formas geométricas.

DENNES LOPES.


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RUSSIA




Rússia
Algumas áreas da Rússia possuem tradições antigas da tecelagem, contudo as mais importantes são as planícies da Ásia Central, onde tribos nômades turcomanas viveram por mais de mil anos, e as montanhas do Cáucaso, região inacessível que faz fronteira com a Turquia e o Irã. Os russos exerceram influência nessas áreas durante séculos. Mas o controle do governo iniciado pelos tzares não se consolidou até que os comunistas assumissem.
Durante o estabelecimento das repúblicas soviéticas locais, a população nômade foi sendo assentada gradualmente nas aldeias e cooperativas padronizando a tecelagem dos tapetes. As fábricas do governo no Cáucaso e nas Repúblicas Transcaucasianas têm produzido grande número de tapetes para consumo interno e exportação.
Antes de o Cáucaso pertencer à Rússia fazia parte do império persa. Mesmo naquela época, os tecelões isolados nas aldeias nas montanhas cultivavam as tradições mais antigas, usando cores vivas e fortes, padrões geométricos, figuras animadas e humanas, adotando, enfim, os desenhos curvilíneos e imagens dos jardins persas. Desenhos semelhantes são feitos hoje em dia pelas fábricas localizadas na Geórgia, Armênia, Azerbaijão e Cazaquistão.
Os tapetes modernos caucasianos são tecidos com o nó turco. Seus desenhos são baseados num limitado número dos existentes nos antigos tapetes nômades. Alguns dos tradicionais distritos de tecelagem (como Kazak, Shirvan, Kubas, Baku, Karabagh,Daghestan, Derbend, etc), vilas e cidades(como Erivan, Chichi, Fachralo, etc) não existem mais com esses nomes, ou não são mais associados aos tapetes vendido com esses nomes. Um Shirvan contemporâneo, por exemplo, tanto pode ter sido tecido na área de Shirvan , pertencente hoje ao Azerbaijão, ou algum centro de tecelagem do Cáucaso.
Outra modificação importante é a substituição do algodão na sustentação vertical e horizontal. Nos tapetes caucasianos antigos, as bases eram feitas quase sempre de lã. Apesar destas modificações, as versões dos tapetes caucasianos modernos são geralmente muito bem feitas, com amarração regular de lã de ótima qualidade.
Os caucasianos nunca tiveram grande diversidade de tamanhos. Quase todos estão abaixo dos 6,00 metros quadrados.
Os desenhos tradicionais são reproduzidos hoje nas fábricas e oficinas das repúblicas asiáticas do Turcomenistão e Uzbequistão. E o os mais populares são os desenhos clássicos turcomanos, conhecido como Bokhara.
Em termos de qualidade, os melhores tapetes caucasianos são o Shirvan Kazak e Derbend, nessa ordem.
Os tapetes provenientes do Cáucaso e do Turcomenistão produzem os mais antigos desenhos regionais e são de excelente qualidade. A maioria das peças é destinada para o mercado domestico ou para importadores europeus, sendo que os principais importadores mundiais de tapetes orientais, que são os EUA, recebem poucas quantidades dos tapetes russos. Primeiro, porque pagam a mais alta taxa praticada naquele país para tapetes orientais. Depois por causa do próprio preço, já bastante superior aos demais concorrentes.
Os preços acima da média dos tapetes caucasianos se verificam até hoje. É curioso, uma vez que, com a queda do comunismo, que gerou recessão e outros problemas econômicos para os países até então ligados a União Soviética, os países produtores de tapetes, como Romênia e a China comunista, reduziram bastante seus preços. Na Rússia isso não aconteceu, em função talvez da sua pequena produção e exportação.
Caso esteja interessado em comprar alguns dos tapetes russos, poderá verificar que são comparativamente mais caros, mais valem a pena, na medida em que são muito bem tecidos , bonitos e tem bastante liquidez.


DENNES LOPES.


TURQUIA


Turquia
hoje, após décadas de declínio, este país tornou se um grande produtor e exportador de tapetes, devido principalmente ao esforço e incentivo do governo à indústria caseira.
Escolas de tecelagem administradas pelo estado foram criadas como um esforço para reduzir a pobreza rural e criar uma fonte mais segura de intercâmbio com o exterior. A indústria de tapetes ficou mais forte e uniforme. O maior indício da eficácia desse esforço foi a criação, nos anos 70, dos tapetes Dobag, fabricados num grande número de vilas sob severa supervisão do governo, para atender a todas as exigências do mercado.
Historicamente os métodos turcos de fabricação são semelhantes aos do Irã. Padrões tradicionais menos sofisticados são usados por nômades, enquanto que os estilos mais formais são produzidos em oficinas ou fábricas.
Porém ao contrario do Irã, grande parte dos tapetes da Turquia é produzida pela enorme população rural, em regime de meio expediente. Esses tapetes tendem a ser um tanto pequenos porque são tecidos por mulheres e jovens em suas casas ou em pequenas oficinas, onde existem vários teares primitivos.
Mas, uma vez que são feitos por encomenda os tecelões são pagos por numero de nós dados, os compradores tem condições de exercer controle sobre cor e desenho. Esse é um fator muito importante, por exemplo, para os EUA, porque as cores tradicionais como o vermelho vivo e o azul não são muito populares nesse país.
A boa vontade dos empresários turcos em produzir tons mais suaves contribuiu para restabelecer a popularidade dos tapetes turcos na América. As cores pastéis são também muitíssimo apreciados no Brasil,principalmente nos killims.
A indústria da tecelagem turca também mostrou interesse na sequência de desenhos tradicionais.
Atualmente modernos modelos de padrões turcos, iranianos e caucasianos estão disponíveis no mercado internacional, sendo que a maioria dos estilos turcos é designada pela cidade ou região em que foram fabricados pela primeira vez.
Você poderá verificar que mesmo os desenhos turcos mais sofisticados, em especial os mais antigos, raramente têm desenhos de homens ou animais. Ao contrário dos iranianos, os sunitas mulçumanos da Turquia ainda seguem as leis do Alcorão contra a reprodução dessas figuras. A influência das crenças religiosas se observa nos tapetes de oração ainda produzidos na Turquia. Outra tradição religiosa que proíbe o uso da cor verde, não tem sendo muito respeitada nos tapetes modernos.
Os tapetes turcos são geralmente tecidos em bases de algodão ou de lã, que normalmente e de boa qualidade. Os fios são tingidos com corantes naturais ou de cromo alemão em uma ampla seleção de matrizes que não desbotam.
O nó turco é o mais utilizado, muitas vezes com ajuda de uma espécie de agulha de metal.
A seda eo algodão mercerizado (confundido com seda) também são usados tanto na superfície quanto na trama. Os tapetes de seda fabricados em Hereke estão entre os mais delicados e finos do mundo e algumas dessas peças contêm fios de ouro ou de prata. Existe ainda uma grande quantidade de tapetes de tecedura plana ,ou killims fabricado na Turquia.
Os produtores turcos aumentam a exportação a cada ano que passa. Hoje, suas peças são mais vendido na Europa, principalmente na Alemanha.
Os tapetes novos,que alcançam o mercado americano e agora o Brasil têm o seu preço comparativamente elevado. Em parte, isso se justifica pelo fato de que a boa qualidade dos tapetes turcos mostra sinais de garantir o valor do investimento. Os melhores são os Dobag e os tribais, assim como os Hereke, especialmente os de seda.
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PAQUISTÃO


O Paquistão compartilha da tradição de tecelagem da Índia, uma vez que essas áreas se uniram durante a dinastia Mogul e mais tarde estiveram juntas sob o império britânico. Quando a índia e o Paquistão foram separados após a segunda guerra, suas indústria de tecelagem tomaram caminhos distintos.
No Paquistão, a indústria em declínio foi revigorada com maciço apoio governamental, que envolvia subsídios e a introdução de métodos modernos de organização. Os tecelões mulçumanos que imigraram da Índia juntaram-se aos turcomanos, vindo do norte, nos grandes centros de tecelagem, localizados nas cercanias de Lahore e Karachi.
Por volta do início dos anos 60, a indústria de tapetes paquistaneses estava no auge e desde então constitui um dos principais itens de exportação daquele país.
Atualmente, essa indústria está organizada em dois métodos de produção. Muitos tecelões são donos de seus próprios teares e contactam diretamente empresários e exportadores , que por sua vez lhe fornecem desenhos, matérias,e chegam até subsidiar a produção.
Os tapetes também são produzidos em grandes fábricas. O governo estabeleceu programas de treinamento para instrutores de tecelagem, fazendo com que milhares de tecelões capacitados sejam continuamente agregados a legião de trabalhadores.
De início, a indústria revitalizada se concentrou na produção do tradicional desenho Bokhara (conhecido como pata de elefante).Essa escolha foi feita não somente pela relatividade simplicidadedo modelo, mas também devido à produção em declínio dos bokharas originais da Rússia.
Mais tarde, os desenhos caucasianos foram adotados e atualmente os tapetes persas também estão sendo copiados.
Os tapetes Paquistaneses são sempre tecidos com nós persas sobre sustentação vertical de algodão.
As qualidades inferiores, com uma só sustentação horizontal, as outras, com duas. Em todos os casos, o material de sustentação horizontal é muito bom e isso permite que as fileiras sejam arranjadas de maneira bem apertada.
A superfície e feita com lã. Como a lã nativa é muito macia, costumam mistura La com a Neozelandesa ou Belouch, ambas de exelente qualidade.
Os tapetes paquistaneses são bem aceitos no mercado mundial, onde são encontrados desde os modelos mais comerciais até os denominados 16/18 de qualidade superior. Os de qualidade superior valem como um bom investimento, se adquiridos por preço justo.

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TAPETES ISFAHAN


O TAPETE DE ISFAHAN


A iraniana cidade de Isfahan (ou também Eşfahān) por muito tempo tem sido um dos centros produtores do famoso tapete persa.
A tecelagem em Isfahan floresceu na era Safávida. Mas quando os afegãos invadiram o Irã, encerrando a dinastia dos Safávidas, essa habilidade também ficou estagnada.
Somente a partir da década de 1920, entre as duas guerras mundiais, foi que a tecelagem voltou a se tornar a principal atividade dos moradores de Isfahan. Eles começaram a tecer os modelos Safávida e novamente se tornaram um dos principais centros produtores desse tipo de tapete persa. Os tapetes Isfahani são hoje um dos mais apreciados pelo mercado mundial, tendo muitos clientes no mundo ocidental.

Descrição
Sempre são tapetes com flores, geralmente adornados com um medalhão central. Às vezes, os quatro cantos repetem os motivos do medalhão central. Há também tapetes temáticos, adornados com cenas de animais em uma decoração de flores. Outra decoração típica é a do "jarro de flores". Em um dos lados do campo se encontra um jarro com muitos ramos floridos que enchem todo o campo. A borda se compõem de uma larga faixa central rodeada de duas faixas estreitas adornadas com rosetas e guirlandas, flanqueadas, por sua vez, por duas faixas mais estreitas. As cores são muito variadas, com alternância entre cores claras e escuras.
A cidade de Isfahan (Eşfahan) é atualmente um Patrimônio Mundial e produz tapetes feitos com fios de seda ou algodão. As cores mais fortes deram lugar a cores em tons pastéis, mais aceitos no Ocidente, sendo a perfeição técnica mais importante que os desenhos artísticos.

Os desenhos tradicionais ainda são produzidos como vasos, a Árvore da Vida e paisagens, mas a composição mais popular está baseada no medalhão central (derivada da famosa mesquita de Shah Lutf Allah em Esfahan) colocado sobre um elegante campo decorado com ramos de videira, folhas de palmeiras e motivos florais.
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quarta-feira, 14 de julho de 2010

TAPETE TABRIZ


Tabriz é uma das maiores cidades do Irã, e a capital da província do Azerbaijão Oriental. A maioria de sua população é azeris.
Trata-se de um dos mais antigos centros de tecelagem de tapetes, produzindo uma enorme variedade de tipos. A classificação de qualidade, no Bazar de Tabriz, começa em 24 raj (ou cerca de 75 nós por polegada quadrada) e vai até o tipo incrivelmente fino, de 110 raj.
O tapete de Tabriz tem uma das maiores diversidades de padrões de desenhos, desde medalhões, Herati/Mahi, até figurativos e pictóricos, e até mesmo tapedes em 3-D.
Os tapetes dessa região têm também uma outra particularidade. Nas oficinas de Tabriz foram fabricados os primeiros tapetes para exportação. Após terem enviado tapetes antigos para o estrangeiro, os comerciantes começaram a produzi-los, eles mesmos, em oficinas artesanais, a partir das cores e medidas solicitadas pelos comerciantes europeus. É talvez uma das razões pelas quais esses tapetes não se distinguem por uma cor em particular.
Descrição
Ornamentos de flores, muitas vezes com medalhão central. Os motivos abrangem árvores floridas, arbustos e folhas de tamanho grande.
Há também exemplares com animais. A borda é de três faixas, ornamentadas com os motivos do campo.

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TAPETE BIDJAR


O tapete de Bidjar.
Sua característica principal é a trama: geralmente é formada por cinco fios, quatro de lã bastante frouxa e um central de algodão, que é tenso. O tecelão deve usar um pente especial para apertar os nós, o que dá um aspecto pesado ao tapete
Descrição
O tapete Bijar geralmente tem ornamentação de flores, de desenho muito esquemático que mostra uma inspiração primitiva. A ornamentação consta geralmente de um medalhão central sobre fundo decorado de flores ou de um motivo "hérati" muito compacto. Outras peças são compostas de um medalhão central sobre fundo liso com quatro cantoneiras com decorações florais. A borda é clássica: uma banda central rodeada de duas bandas secundárias, utizando-se geralmente o motivo "hérati" assim como flores estilizadas.
A beleza das cores é uma das características destes tapetes; tonalidades escuras para os campos (azul escuro, vermelho amaranto, verde) e cores vivas para os motivos (turquesa e outros). Este tapete é pouco encontrado porque os exemplares que datam de antes dos anos 1960 são raros.

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TAPETES NAIN


O tapete de Nain.


O Tapete de Nain é um tipo de tapete persa. Ele é confeccionado utilizando o nó senneh, ou farsbâf (também conhecido por “persa” ou “assimétrico”) e pode ter entre 120 e 280 nós por centímetro. Os fios são geralmente de lã de alta qualidade, cortados curtos e a seda é mais usada para destacar os detalhes dos desenhos. Algumas peças são feitas inteiramente de seda. Os tapetes de Nain são normalmente tecidos nas áreas próximas a cidade de Nain, não necessariamente na cidade, propriamente. O tapete de Nain utiliza o padrão 'Xá Abbas' e faz uso de motivos floridos.
Nain é uma pequena cidade na região central do Irã, muito próxima da famosa cidade de Isfahan. Antes do início do século XX, ela era bem conhecida pela produção artesanal de tecidos de lã de alta qualidade. No entanto, devido ao declínio desses negócios, a cidade encomendou aos tecelões de Isfahan que criassem um tipo de tapete, cuja ligação é ainda evidente ao olhar-se para um tapete Nain de hoje, mas eles exibem um estilo próprio, usando muitas vezes realces de azul com creme ou fundo em marfim. Dependendo da espessura, o urdume e a trama serão de seda ou de algodão. Geralmente é empregado o algodão, com diferentes espessuras de fio chamados de "la", com o menor número significando melhor qualidade.
Atualmente em Nain são produzidos tapetes de qualidade 4 ou 6 "la". Outros com 9 La e 12 La são produzidos na região de Khorasan, isto é, em Kashmar e Mashhad.

Descrição
A ornamentação dos tapetes de Nain se parece muito a dos tapetes de Isfahan. O campo está decorado com laços carregados de ramos floridos, mas o medalhão central é menos denso. Muitos tapetes apresentam motivos vegetais e animais. A borda é composta de uma faixa central e duas faixas secundárias, que podem, por sua vez, estarem enquadradas por duas faixas estreitas.
As cores são características: bege, marfim e branco, usadas sobre um fundo verde claro ou azul.
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RESTAURAÇAO E LAVAGEM


Tapetes persas são relíquias, obras de arte que carregam, cada uma, a sua marca e prestígio de ser uma jóia única.
O tempo, a falta de manutenção correta ou até mesmo acidentes podem danificar o seu tapete e fazê-lo pensar que talvez não tenha mais solução. Por isso a Netzach coloca a sua disposição uma equipe de profissionais qualificados capazes de restaurar o dano sofrido por seu tapete e recuperar o DNA recebido por seus criadores. a restauração é realizada com todo o primor, técnicas e procedimentos aplicados na confecção dos mais renomados tapetes orientais.
Não existe uma regra que determine a periodicidade correta para a lavagem de seu tapete. Diversas variáveis precisam ser levadas em consideração, dentre elas a umidade, o local de exposição, o clima do ambiente e as condições de uso. Mas é inegociável o fato de que o tapete precisa ser lavado e para isso é necessário seja tratado por quem detém conhecimento suficiente para desempenhar este trabalho sem oferecer nenhum risco de danos à sua obra de arte.
A Netzach por respeito e preocupação com seus clientes e amigos desenvolveu uma oficina de excelência constituída por profissionais que executam este serviço com a capacidade de devolver ao seu tapete o mesmo brilho e charme que o tornou especial na sua aquisição.
O processo começa com a medição e análise completa do tapete, afim de constatar o grau de acúmulo de sujeira ou manchas em áreas específicas que necessitarão tratamento especial. Após isto, o tapete é registrado e todas as suas informações são descritas, esta anotação é a base do início da
lavagem. No término do processo é feita a verificação final em comparação com a verificação inicial.
Nos vídeos a seguir apresentamos as etapas da lavagem. Ressaltamos que por tratar-se de um bem valoroso o tapete deve ser manipulado por profissionais que entendam e conheçam o processo, os produtos e as máquinas que podesm ser utilizadas na lavagem.

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