Ponto de Arraiolos
O ponto chamado de Arraiolos é um ponto cruzado oblíquo composto por duas meias cruzes, uma das quais tem o dobro do comprimento da outra. Essas duas meias cruzes, que formam um ponto de Arraiolos completo, fazem-se ambas dentro da mesma altura do tecido. Essa altura abrange, geralmente, 2 fios do tecido,no sentido da altura deste. Portanto, a meia cruz mais comprida e a meia cruz menor abrangem, ambas, 2 fios de altura do tecido mas, relativamente ao comprimento do ponto, a meia cruz menor abrange 2 fios e a meia cruz comprida abrange o dobro do comprimento, ou seja, 4 fios. O resultado do cruzamento das duas meias cruzes é a obtenção de um ponto cruzado oblíquo, ou seja, alongado no sentido do seu comprimento, alongamento esse que é feito pela meia cruz comprida.[1]
O Bordado de Arraiolos executa-se, geralmente, em três fases que são: 1. Bordar a armação 2. Fazer a matização 3. Preencher os fundos
A armação do bordado é o conjunto dos contornos dos motivos que estão indicados no desenho do tapete. Portanto, principia-se a decoração de um tapete começando por bordar sobre a linhagem os pontos que no desenho indicam os contornos e apenas os contornos dos motivos que constituem a decoração. Quando todos os referidos contornos estão bordados, diz-se que está pronta a armação do tapete.
A 2ª fase do trabalho é a matização dos motivos. Com lãs de cores diferentes da que foi empregada para bordar a armação, preenchem-se os motivos ou desenhos que já foram contornados. Quando todos os motivos e desenhos estiverem bordados com todas as suas cores, está completa a matização.
A terceira fase de trabalho é o preenchimento dos fundos que estão em volta dos motivos e desenhos. Para este trabalho emprega-se a lã da cor ou cores que, previamente, foram escolhidas para os fundos.
DENNES LOPES.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
HISTÓRIA ANTIGA ORIENTAL - A ARTE EGÍPCIA NA ANTIGUIDADE
A Arte no Egito
A principal civilização da Antiguidade Oriental foi sem dúvida a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais. Além disso, produziram uma escrita bem estruturada, graças à qual temos um conhecimento bastante completo de sua cultura.
Mas a religião é talvez o aspecto mais significativo da cultura egípcia. Tudo no Egito era orientado por ela: o mundo poderia ser destruído não fossem as preces e os ritos religiosos, a felicidade nessa vida e a sobrevivência depois da morte eram asseguradas pelas práticas rituais, e até mesmo 'o ritmo das enchentes, a fertilidade do solo e a própria disposição racional dos canais de irrigação dependiam diretamente da ação divina do faraó.
A arte egípcia refere-se à arte desenvolvida e aplicada pela civilização do antigo Egito localizada no vale do rio Nilo no Norte da África. Esta manifestação artística teve a sua supremacia na região durante um longo período de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos últimos 3000 anos antes de Cristo.
Os principais motivos e objetivos desta arte são sobretudo políticos e religiosos. Para compreender a que nível se expressam estes objetivos é necessário ter em conta a figura do soberano absoluto, o faraó. Ele é o representante de Deus na Terra (sendo muitas vezes o próprio Deus – princípio Teocrácico) e é este seu aspecto divino que vai vincar profundamente a manifestação artística.
Embora seja uma arte estilizada é também uma arte de atenção ao pormenor, de detalhe realista, que tenta apresentar o aspecto mais revelador de determinada entidade, embora com restritos ângulos de visão. Para esta representação são só possíveis três pontos de vista pela parte do observador: de frente, de perfil e de cima, e que cunham o estilo de uma forte componente estática, de uma imobilidade solene.
O corpo humano, especialmente o de figuras importantes, é representado utilizando dois pontos de vista simultaneos, os que oferecem maior informação e favorecem a dignidade da personagem: os olhos, ombros e peito representam-se vistos de frente; a cabeça e as pernas representam-se vistos de lado.
Foi uma das principais civilizações da Antigüidade, bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais.
A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo.
Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente.
O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.
Assim, as expressões artísticas são produzidas de acordo com os contextos históricos. Durante a antiguidade a arte é extremamente abrangente e composta pelas riquezas das artes egípcia, grega, romana, paleocristã, bizantina e islâmica. Entretanto, enquanto a arte egípcia é vinculada ao espírito, aos deuses e sua glorificação, a arte grega a liga-se à inteligência.
ARQUITETURA
Características
* solidez e durabilidade;
* sentimento de eternidade; e
* aspecto misterioso e impenetrável.
ESCULTURA
Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade.
Características
* ausência de três dimensões;
* ignorância da profundidade;
* colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e
* Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.
Hierarquia na pintura
Eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho
A principal civilização da Antiguidade Oriental foi sem dúvida a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais. Além disso, produziram uma escrita bem estruturada, graças à qual temos um conhecimento bastante completo de sua cultura.
Mas a religião é talvez o aspecto mais significativo da cultura egípcia. Tudo no Egito era orientado por ela: o mundo poderia ser destruído não fossem as preces e os ritos religiosos, a felicidade nessa vida e a sobrevivência depois da morte eram asseguradas pelas práticas rituais, e até mesmo 'o ritmo das enchentes, a fertilidade do solo e a própria disposição racional dos canais de irrigação dependiam diretamente da ação divina do faraó.
A arte egípcia refere-se à arte desenvolvida e aplicada pela civilização do antigo Egito localizada no vale do rio Nilo no Norte da África. Esta manifestação artística teve a sua supremacia na região durante um longo período de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos últimos 3000 anos antes de Cristo.
Os principais motivos e objetivos desta arte são sobretudo políticos e religiosos. Para compreender a que nível se expressam estes objetivos é necessário ter em conta a figura do soberano absoluto, o faraó. Ele é o representante de Deus na Terra (sendo muitas vezes o próprio Deus – princípio Teocrácico) e é este seu aspecto divino que vai vincar profundamente a manifestação artística.
Embora seja uma arte estilizada é também uma arte de atenção ao pormenor, de detalhe realista, que tenta apresentar o aspecto mais revelador de determinada entidade, embora com restritos ângulos de visão. Para esta representação são só possíveis três pontos de vista pela parte do observador: de frente, de perfil e de cima, e que cunham o estilo de uma forte componente estática, de uma imobilidade solene.
O corpo humano, especialmente o de figuras importantes, é representado utilizando dois pontos de vista simultaneos, os que oferecem maior informação e favorecem a dignidade da personagem: os olhos, ombros e peito representam-se vistos de frente; a cabeça e as pernas representam-se vistos de lado.
Foi uma das principais civilizações da Antigüidade, bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais.
A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo.
Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente.
O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.
Assim, as expressões artísticas são produzidas de acordo com os contextos históricos. Durante a antiguidade a arte é extremamente abrangente e composta pelas riquezas das artes egípcia, grega, romana, paleocristã, bizantina e islâmica. Entretanto, enquanto a arte egípcia é vinculada ao espírito, aos deuses e sua glorificação, a arte grega a liga-se à inteligência.
ARQUITETURA
Características
* solidez e durabilidade;
* sentimento de eternidade; e
* aspecto misterioso e impenetrável.
ESCULTURA
Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade.
Características
* ausência de três dimensões;
* ignorância da profundidade;
* colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e
* Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.
Hierarquia na pintura
Eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho
DENNES LOPES
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