Ponto de Arraiolos
O ponto chamado de Arraiolos é um ponto cruzado oblíquo composto por duas meias cruzes, uma das quais tem o dobro do comprimento da outra. Essas duas meias cruzes, que formam um ponto de Arraiolos completo, fazem-se ambas dentro da mesma altura do tecido. Essa altura abrange, geralmente, 2 fios do tecido,no sentido da altura deste. Portanto, a meia cruz mais comprida e a meia cruz menor abrangem, ambas, 2 fios de altura do tecido mas, relativamente ao comprimento do ponto, a meia cruz menor abrange 2 fios e a meia cruz comprida abrange o dobro do comprimento, ou seja, 4 fios. O resultado do cruzamento das duas meias cruzes é a obtenção de um ponto cruzado oblíquo, ou seja, alongado no sentido do seu comprimento, alongamento esse que é feito pela meia cruz comprida.[1]
O Bordado de Arraiolos executa-se, geralmente, em três fases que são: 1. Bordar a armação 2. Fazer a matização 3. Preencher os fundos
A armação do bordado é o conjunto dos contornos dos motivos que estão indicados no desenho do tapete. Portanto, principia-se a decoração de um tapete começando por bordar sobre a linhagem os pontos que no desenho indicam os contornos e apenas os contornos dos motivos que constituem a decoração. Quando todos os referidos contornos estão bordados, diz-se que está pronta a armação do tapete.
A 2ª fase do trabalho é a matização dos motivos. Com lãs de cores diferentes da que foi empregada para bordar a armação, preenchem-se os motivos ou desenhos que já foram contornados. Quando todos os motivos e desenhos estiverem bordados com todas as suas cores, está completa a matização.
A terceira fase de trabalho é o preenchimento dos fundos que estão em volta dos motivos e desenhos. Para este trabalho emprega-se a lã da cor ou cores que, previamente, foram escolhidas para os fundos.
DENNES LOPES.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
HISTÓRIA ANTIGA ORIENTAL - A ARTE EGÍPCIA NA ANTIGUIDADE
A Arte no Egito
A principal civilização da Antiguidade Oriental foi sem dúvida a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais. Além disso, produziram uma escrita bem estruturada, graças à qual temos um conhecimento bastante completo de sua cultura.
Mas a religião é talvez o aspecto mais significativo da cultura egípcia. Tudo no Egito era orientado por ela: o mundo poderia ser destruído não fossem as preces e os ritos religiosos, a felicidade nessa vida e a sobrevivência depois da morte eram asseguradas pelas práticas rituais, e até mesmo 'o ritmo das enchentes, a fertilidade do solo e a própria disposição racional dos canais de irrigação dependiam diretamente da ação divina do faraó.
A arte egípcia refere-se à arte desenvolvida e aplicada pela civilização do antigo Egito localizada no vale do rio Nilo no Norte da África. Esta manifestação artística teve a sua supremacia na região durante um longo período de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos últimos 3000 anos antes de Cristo.
Os principais motivos e objetivos desta arte são sobretudo políticos e religiosos. Para compreender a que nível se expressam estes objetivos é necessário ter em conta a figura do soberano absoluto, o faraó. Ele é o representante de Deus na Terra (sendo muitas vezes o próprio Deus – princípio Teocrácico) e é este seu aspecto divino que vai vincar profundamente a manifestação artística.
Embora seja uma arte estilizada é também uma arte de atenção ao pormenor, de detalhe realista, que tenta apresentar o aspecto mais revelador de determinada entidade, embora com restritos ângulos de visão. Para esta representação são só possíveis três pontos de vista pela parte do observador: de frente, de perfil e de cima, e que cunham o estilo de uma forte componente estática, de uma imobilidade solene.
O corpo humano, especialmente o de figuras importantes, é representado utilizando dois pontos de vista simultaneos, os que oferecem maior informação e favorecem a dignidade da personagem: os olhos, ombros e peito representam-se vistos de frente; a cabeça e as pernas representam-se vistos de lado.
Foi uma das principais civilizações da Antigüidade, bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais.
A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo.
Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente.
O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.
Assim, as expressões artísticas são produzidas de acordo com os contextos históricos. Durante a antiguidade a arte é extremamente abrangente e composta pelas riquezas das artes egípcia, grega, romana, paleocristã, bizantina e islâmica. Entretanto, enquanto a arte egípcia é vinculada ao espírito, aos deuses e sua glorificação, a arte grega a liga-se à inteligência.
ARQUITETURA
Características
* solidez e durabilidade;
* sentimento de eternidade; e
* aspecto misterioso e impenetrável.
ESCULTURA
Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade.
Características
* ausência de três dimensões;
* ignorância da profundidade;
* colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e
* Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.
Hierarquia na pintura
Eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho
A principal civilização da Antiguidade Oriental foi sem dúvida a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais. Além disso, produziram uma escrita bem estruturada, graças à qual temos um conhecimento bastante completo de sua cultura.
Mas a religião é talvez o aspecto mais significativo da cultura egípcia. Tudo no Egito era orientado por ela: o mundo poderia ser destruído não fossem as preces e os ritos religiosos, a felicidade nessa vida e a sobrevivência depois da morte eram asseguradas pelas práticas rituais, e até mesmo 'o ritmo das enchentes, a fertilidade do solo e a própria disposição racional dos canais de irrigação dependiam diretamente da ação divina do faraó.
A arte egípcia refere-se à arte desenvolvida e aplicada pela civilização do antigo Egito localizada no vale do rio Nilo no Norte da África. Esta manifestação artística teve a sua supremacia na região durante um longo período de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos últimos 3000 anos antes de Cristo.
Os principais motivos e objetivos desta arte são sobretudo políticos e religiosos. Para compreender a que nível se expressam estes objetivos é necessário ter em conta a figura do soberano absoluto, o faraó. Ele é o representante de Deus na Terra (sendo muitas vezes o próprio Deus – princípio Teocrácico) e é este seu aspecto divino que vai vincar profundamente a manifestação artística.
Embora seja uma arte estilizada é também uma arte de atenção ao pormenor, de detalhe realista, que tenta apresentar o aspecto mais revelador de determinada entidade, embora com restritos ângulos de visão. Para esta representação são só possíveis três pontos de vista pela parte do observador: de frente, de perfil e de cima, e que cunham o estilo de uma forte componente estática, de uma imobilidade solene.
O corpo humano, especialmente o de figuras importantes, é representado utilizando dois pontos de vista simultaneos, os que oferecem maior informação e favorecem a dignidade da personagem: os olhos, ombros e peito representam-se vistos de frente; a cabeça e as pernas representam-se vistos de lado.
Foi uma das principais civilizações da Antigüidade, bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais.
A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo.
Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente.
O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.
Assim, as expressões artísticas são produzidas de acordo com os contextos históricos. Durante a antiguidade a arte é extremamente abrangente e composta pelas riquezas das artes egípcia, grega, romana, paleocristã, bizantina e islâmica. Entretanto, enquanto a arte egípcia é vinculada ao espírito, aos deuses e sua glorificação, a arte grega a liga-se à inteligência.
ARQUITETURA
Características
* solidez e durabilidade;
* sentimento de eternidade; e
* aspecto misterioso e impenetrável.
ESCULTURA
Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade.
Características
* ausência de três dimensões;
* ignorância da profundidade;
* colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e
* Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.
Hierarquia na pintura
Eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho
DENNES LOPES
quarta-feira, 28 de março de 2012
DENNES LOPES TECELAGEM
Técnica que consiste, basicamente, na confecção artesanal de um
tecido, geralmente encorpado, formado pelo cruzamento de duas estruturas de fios
obtidos de fibras flexíveis, como lã ou algodão. O uso de fios coloridos e de
técnicas diversas de entrelaçamento permite que figuras sejam compostas durante
o processo de execução.
A origem da tecelagem é de difícil localização. A prática surge
em épocas próximas e de forma semelhante em vários lugares do mundo. Na
Antiguidade, é desenvolvida por povos que habitam a Mesopotâmia, Egito, Grécia,
Roma, Pérsia, Índia e China. Países do Oriente Médio, como o atual Irã e a
Turquia, mantêm importante tradição na manufatura de tapetes, que, em geral,
contêm elaborados desenhos geométricos.
Na Europa, durante a Idade Média, a confecção de painéis
tecidos assume grande importância como elemento decorativo e funcional, o que
propicia o desenvolvimento da produção e a sofisticação da técnica. A tapeçaria
é utilizada para adornar grandes áreas das paredes dos castelos e igrejas
medievais e também para melhorar o conforto térmico destas edificações. A ela
cabe ainda uma função narrativa e didática, quando apresenta temas históricos e
bíblicos. Como exemplos destas aplicações podem ser citadas a tapeçaria bordada,
datada do final do século XI, com 68 centímetros de altura por 70 metros de
comprimento, A Conquista da Inglaterra pelos Normandos, conhecida
também como Tapeçaria de Bayeux ou Tapeçaria da Rainha
Matilda, e o conjunto de tapeçaria Apocalipse, Segundo São João,
realizado em um ateliê parisiense entre 1376 e 1381 e conservado na cidade de
Angers, França. O tema é apresentado em 7 peças, cada uma com 5 metros de altura
e 24 de largura.
A partir do século XIV, a tapeçaria bordada cede lugar para a
tecida. Neste período, entre as localidades associadas à sua manufatura,
destacam-se Arras e Tournai, em Flandres, e Paris. No final do século XV as
reformulações estéticas promovidas pelo Renascimento se refletem também na
tapeçaria. A pintura exerce maior influência sobre as peças tecidas, que passam
a reproduzir, com a fidelidade possível, as obras de importantes artistas, entre
eles, Leonardo da Vinci (1452 - 1519) e Andrea del Sarto (1486 - 1530). Bruxelas
torna-se o principal centro de tecelagem, embora a atividade já esteja bastante
difundida em toda a Europa. Nesta cidade, no ateliê de Pierre van Aelst, é
executada a partir de cartões com desenhos de autoria de Rafael (1483 - 1520), a
tapeçaria Os Atos dos Apóstolos, uma encomenda do Papa Leão X (1475 -
1521), destinada à Capela Sistina.
A partir do século XVI, a França destaca-se na produção da
tapeçaria, graças, sobretudo, à ajuda oficial às manufaturas, cuja produção
principal se destina aos palácios reais. Em 1539 é criada em Fontainebleau, por
Francisco I (1494 - 1547), a primeira manufatura real de tapeçaria. Em 1662,
Jean-Baptiste Colbert (1619 - 1683), ministro de Luis XIV (1638 - 1715), adquire
para a Casa Real as propriedades do bairro de Saint Marcel, em Paris, e faz com
que todas as oficinas de tecelagem, dispersas e produzindo com dificuldades
devido à situação econômica e social da época, se reúnam nessa área. Essa
centralização dá origem, em 1667, à Manufatura Real de Móveis e Tapetes da
Coroa, que fica conhecida como Manufatura dos Gobelins. Trata-se de um centro
criativo de atividade intensa que agrupa, além de tecelões, gravadores,
marceneiros e joalheiros, sob a direção do pintor Charles Le Brun (1619 - 1690).
Durante o século XVIII, como outros ateliês sob os auspícios reais, entre eles
Aubusson e Beauvais, tem a produção voltada para tapeçarias com motivos
campestres ou exóticos, de apelos decorativos. Os Gobelins são responsáveis pela
confecção, entre 1687 e 1688, de tapeçarias baseadas em pinturas com temática
brasileira de autoria de Albert
Eckhout (ca.1610 - ca.1666). Essas peças, conhecidas como Tapeçarias das
Índias, são repetidas e, no século XVIII, bastante modificadas em relação
aos modelos originais. Cinco dessas tapeçarias pertencem ao acervo do Museu
de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp.
A tapeçaria e algumas das instituições a ela dedicadas,
acompanham as transformações sociais e estéticas que ocorrem nos séculos
seguintes. No século XX, ateliês de longa tradição e que se mantêm em
funcionamento de forma menos ativa, como dos Gobelins e Beauvais, passam a se
dedicar por exemplo, à execução de peças criadas por artistas como Raoul Dufy
(1877 - 1953), Georges Braque (1882 - 1963), Pablo Picasso (1881 - 1973), Joán
Miró (1893 - 1983) e Henri Matisse (1869 - 1954). Artistas como Lucien Coutaud
(1904 - 1977) e Jean Lurçat (1892 - 1966) são responsáveis por introduzir
modificações técnicas na tapeçaria, considerando as possibilidades de criação
específicas do suporte. Na década de 1920, na Alemanha e por influência da Bauhaus,
a tecelagem recebe novo impulso criativo.
No Brasil, a utilização da tapeçaria como expressão artística,
pode ser percebida em trabalhos, entre muitos outros, de artistas como Regina
Graz (1897 - 1973), pioneira na renovação, na década de 1920, das artes
decorativas nacionais; Genaro
(1926 - 1971), que passa a se dedicar à tapeçaria a partir de 1950 e cria,
em 1955, o primeiro ateliê brasileiro desta arte; Norberto
Nicola (1930 - 2007) e Jacques Douchez
(1921), que em São Paulo, e na década de 1960, realizam uma
investigação formal, rompendo com a bidimensionalidade tradicional da tapeçaria;
Sorensen (1928), Burle Marx (1909-1994)
e Francisco Brennand
(1927), que produzem trabalhos valorizando as especificidades dessa
técnica.
DENNES LOPES
terça-feira, 27 de março de 2012
DICAS DE DENNES LOPES

1 – EVITAR PASSAR VASSOURA NO SEU TAPETE. •A vassoura não limpa e sim danifica seu tapete. A vassoura esgarça o pêlo, e com o tempo os nós são rompidos e os resíduos penetram cada vez mais na trama.
2 – A LÃ NATURAL DO TAPETE É PROTEGIDA PELO ÓLEO NATURAL.•A lã do carneiro possui um envolvimento de óleo natural semelhante ao cabelo humano. Esta oleosidade independe da densidade, não permitindo aglomerar sujeira e fazendo com que a mesma caia para a base do nó do tapete, como ocorre com o cabelo humano, que vai para o couro cabeludo.
3 – PARA RETIRADA DE RESÍDUOS DE COMIDA UTILIZAR A FETICEIRA OU ASPIRADOR DE PÓ PORTÁTIL. O rolinho de limpeza tipo “feiticeira” é o ideal para retirar resíduos que ficam na superfície da lã, evitando que os mesmos penetrem no interior do tapete, conforme explicação do Item acima.
4 – LIMPEZA IDEAL SE FAZ VIRANDO O TAPETE OU SEJA, O LADO DA LÃ EM CONTATO COM O SOLO.Dependendo do tipo de uso, por exemplo, em residências sem crianças, pode ser feito em até uma vez por ano. Procede-se da seguinte maneira: vira-se o tapete com o pêlo para o solo, e em seguida pise em cima. O pó ou resíduo que estiverem na base da lã, cairão no solo, então retira-se o tapete sem arrastá-lo. Esta operação será repetida enquanto sair pó ou resíduo.
5 – USO DO ASPIRADOR DE PÓ NO INÍCIO É BOM DEPOIS NÃO MUDA NADA. O uso do aspirador de pó após a compra de um tapete persa novo, é muito importante, pois retira micro fios de lã cortada que a lavagem oriental nem sempre exclui totalmente. O tempo máximo de quatro meses, é o suficiente para aspirar a lã cortada que muitas vezes encontram-se presas na lã fixa, deve-se então parar com o uso de aspirador, pois o mesmo, na prática, não fará nada a não ser diminuir a vida útil do seu do seu tapete.
6 – APÓS ALGUM TEMPO DE USO O TAPETE DEVERÁ SER LAVADO.•Em residência longe de maresia, normalmente fechada por uso do ar condicionado e atividades familiares normais, a conservação do tapete de lã poderá ser feita no prazo máximo de até 03 (três) anos. Nas cidades praianas, a lavagem do tapete de lã, deverá será feita em média de 02 (dois) anos, e os de seda em 01 (um) ano.
7 – A LAVAGEM DE UM TAPETE SÓ DEVE SER FEITA POR OFICINA ESPECIALIZADA.•Não se deve em hipótese alguma, lavar um tapete persa fora de uma oficina especializada.
8 – NO CASO DE CAIR LÍQUIDO LIMPAR DE IMEDIATO.•Os eventuais acidentes com líquidos, em primeiro lugar, devem ser retirados logo com o uso de pano seco, para absorver o excesso, e em seguida para retirada total, é extremamente adequado o uso de pequena quantidade de vinagre branco em um pano bem molhado esfregando cautelosamente bem o local para proteção da lã. O vinagre só deverá ser usado nesse caso - situação de emergência - pois, o mesmo deve ser evitado no dia a dia. Acidentes maiores só devem ser resolvidos em oficina especializada.Qualquer dúvida não deixe de nos consultar. Estaremos sempre à disposição
DENNES LOPES.
A ARTE ORIENTAL

Até bem pouco tempo os orientais achavam que os povos do ocidente não eram civilizados, não tinham cultura e os chamavam de bárbaros. De certa forma tinham razão pois, até o fim da Idade Média - portanto antes do Renascimento - a barbárie campeava na Europa. Com exceção das civilizações grega e romana (depois extintas), todas as outras civilizações e conseqüentes manifestações artísticas, vinham da Ásia - do Oriente Médio e do Extremo Oriente.
Por outro lado, alguns acreditam que a história das artes européias e até as da bacia do Mediterrâneo pode ser contada desprezando as artes do Extremo Oriente, cuja influência no ocidente só foi exercida esporádica e superficialmente. Também não se pode aceitar a afirmação de que a China possui civilização e artes plásticas mais antigas do mundo, pois nas épocas brilhantes da arte egípcia, a China só produzia uma cerâmica primitiva. E mesmo quando os mármores do Partenon eram trabalhados por Fídias, a China ainda não passara dos vasos de bronze, ainda que esses tivessem grande valor artístico. O que se pode afirmar é que a China possui a mais antiga civilização continuada do mundo.
Muito embora a expressão "Extremo Oriente" seja empregada, com relação à China, Índia, Japão e Coréia, mais em função da distância geográfica entre estes países e o Ocidente, também insinua um afastamento cultural difícil de transpor. E mesmo com relação a outras regiões da Ásia, havia (e há) muitas incompreenções.
Em função do distanciamento cultural e geográfico, é fácil entender o relacionamento complicado e tumultuado entre Ocidente e Oriente, inclusive a tendência de considerar negativamente as manifestações artístico-culturais asiáticas. Muito contribuiu para isso os hábitos e convenções opostas aos nossos costumes e tradições, como por exemplo o luto, que por aqui é preto e lá é branco, a maneira de ler um livro é diferente, eles começam a leitura pela última página, etc. Somente nas décadas de 20 e 30 do século XX, mediante diversas exposições compreensivas realizadas no Ocidente, foi que a arte oriental ofereceu um panorama mais completo para os ocidentais.
Até o final da Idade Média, os desertos, montanhas e outros acidentes geográficos, sem falar nas diferenças políticas, eram uma barreira quase intransponível entre estes dois mundos. No caso da China, o isolamento só era rompido levemente pelas Rotas da Seda, e mesmo sua comercialização era feita por uma corrente de intermediários que impedia qualquer contato com os chineses. No século XVIII os árabes andaram brigando com os amarelos, mas logo o Islam passou a intermediário, transportando não só a seda, como invenções chinesas tipo o papel e a Imprensa, ao mesmo tempo que os chineses recebiam ensinamentos sobre matemática e astronomia.
Entre o segundo milênio e o nascimento de Cristo, as civilizações do Extremo Oriente cresceram e floresceram, ao mesmo tempo que se isolava de outras culturas. Somente no Sul houve um canal de comunicação ininterrupto com o Sudoeste asiático, que ficou imbuído da cultura chinesa. Foi aí que a civilização indiana entrou em contato com a chinesa, aparecendo nas artes importantes e interessantes criações híbridas em várias regiões. Finalmente, a proximidade de povos menos civilizados fez com que os chineses ficassem convictos de sua superioridade cultural, o que de fato eram durante os séculos medievais. Foi essa cultura que se infiltrou pelo nordeste da Coréia (importantes intermediários) e atingiu as ilhas japonesas. É importante ressaltar que a Religião, como sempre acontece, teve um papel importante no desenvolvimento das civilizações e artes naquela região. O budismo, com sua iconografia helenizada, conquistou completamente o Extremo Oriente.
Nas próximas edições vamos tentar contar a história da arte na Índia, China, Japão e Coréia. Por ser um trabalho muito complexo, que envolve muitos séculos, da diversidade e da riqueza das civilizações, vamos nos basear mais no período histórico, sem abandonar alguns aspectos da pré-história que vieram à luz através da arqueologia. Em função de numerosos achados arqueológicos, podemos afirmar que o período Neolítico (até 2500 a.C., situado entre o mesolítico e a idade dos metais, quando o homem já está polindo a pedra, dedica-se à cultura, domestica animais e constrói cidades lacustres), dos referidos países, está mais ou menos documentado e a partir daí é possível acompanhar a evolução artística e o desenvolvimento destas civilizações.
DENNES LOPES.
HISTORIA DOS LEILÕES

Leilões na Antigüidade Segundo alguns historiadores, como o grego Heródoto, os primeiros leilões registrados e aceitos como tal realizaram-se na Babilônia cerca de 500 a.C. Anualmente era realizado um leilão das mulheres em idade de casar, as mais bonitas atraíam grande interesse por parte dos licitantes e eram muito disputadas pelos potenciais maridos, as menos bonitas eram normalmente apresentadas juntamente com algo mais atrativo (ovelhas, cabras, vaca...), o chamado "dote", para estimular os compradores. Ainda na Babilônia, realizavam-se por essa época e posteriormente, leilões de escravos, e continuaram ao longo da História até ao século XIX. -------------------------------------------------------------------------------- Roma -------------------------------------------------------------------------------- Quem vivesse na época do Império Romano, principalmente nas zonas de fronteira, poderia assistir ao leilão dos espólios, realizado pelos soldados depois de uma batalha. Tais lotes de espólios, que eram marcados pelas espadas de cada soldado, podiam incluir armas, objetos de arte, alimentos, gado, prisioneiros que eram feitos escravos, entre outros. O pregoeiro nesses leilões era normalmente o oficial da unidade. -------------------------------------------------------------------------------- Império Romano -------------------------------------------------------------------------------- Império romano vendido em leilãoMarco Didio Severo Juliano nasceu em Milão, no fim do reinado de Adriano, filho de família senatorial. Foi cônsul em 174 ou 175 d.C. e governou uma série de importantes províncias militares. Foi absolvido da acusação de envolvimento numa conspiração contra Comodo e no começo do ano de 190 governou a África. Quando Pertinax foi assassinado (28 de março de 193), Juliano estava a caminho de uma reunião do senado, quando foi abordado por dois tribunos da guarda pretoriana, que insistiram com ele para que tomasse o poder e levaram-no para o acampamento. Lá encontrou Flavio Sulpiciano, que tentava ser proclamado imperador. Então, os dois disputaram o poder por meio de lances de leilão, de donativos aos guardas. Juliano ganhou a disputa pagando vinte e cinco mil sestércios para cada homem, foi proclamado imperador e prometeu restaurar o bom nome de Comodo. O seu reinado durou apenas sessenta e seis dias, sendo assassinado no palácio a 1 ou 2 de junho por um soldado comum. -------------------------------------------------------------------------------- Século XVI -------------------------------------------------------------------------------- Em Portugal, no reinado de D. João III (1521-1557), surgem nas crônicas referências a vendas em leilão, "… mandou tomar as fazendas e vendê-las em leilão, e entregar o dinheiro na feitoria".Na França, de acordo com um documento que consta da Biblioteca Nacional de França, uma lei de 1556 criou um serviço designado Huissiers Priseurs, (Meirinhos Leiloeiros), cuja função era "avaliar, negociar e vender todos os bens deixados por morte ou executados na Justiça".A mais antiga referência ao ato de leiloar, na Inglaterra, surge em 1595 numa entrada do Oxford English Dictionary; não há outras menções antes da 2ª metade do século XVII. -------------------------------------------------------------------------------- Século XVII -------------------------------------------------------------------------------- Porcelana da Companhia das ÍndiasEm 1602 e em 1604 os holandeses capturaram dois navios portugueses na Rota das Índias, o "São Tiago" e o "Santa Catarina", ambos carregados de porcelana da China, muito desejada por toda a Europa e cujo comércio era na época monopólio de Portugal. Após a captura, a preciosa carga foi vendida em leilão em Midleburgo. Os bons resultados da venda de 1602 aceleraram a formação da Companhia das Índias Holandesa, conhecida pelas suas inicias, em holandês, VOC.Ao longo da história, muitos artistas têm sofrido as conseqüências de não conseguirem vender as suas obras, por isso têm que recorrer a um leilão, um exemplo:Rembrandt (1606-1669)1656 - Rembrandt declara falência e todos os seus bens são arrolados para venda em leilão para pagamento de dívidas.1657 - Primeira venda dos bens de Rembrandt; o leilão é organizado pelo leiloeiro Th. J. Haringh.1658 - Última venda dos bens.Leilão de vinhoEm 20 de fevereiro de 1673 realiza-se em Londres o primeiro leilão de vinho de que se tem registro.Nessa época, os leilões realizavam-se em tabernas e pubs e também vendiam objetos de arte. É provável que tivessem uma freqüência diária ou semanal e que catálogos ou outro tipo de listagem fossem impressos para tornar mais fácil o acesso e o conhecimento dos compradores acerca de onde, quando e o que ia ser vendido. -------------------------------------------------------------------------------- Século XVII -------------------------------------------------------------------------------- As inovaçõesEm 1712 um francês chamado Pierre Antoine Matteus contribuiu de um modo fundamental para a história dos leilões ao realizar a primeira venda geral, misturando pintura, mobiliário, louças e pratas, por oposição ao que era comum até então. Mais tarde saiu da França e foi estabelecer-se na Inglaterra.Em 1717 surge o primeiro catálogo da América do Norte para a venda da biblioteca de Ebenezer Pemberton, pastor da igreja. O leilão realiza-se em Boston.O século XVIII assiste ao nascimento, em Londres, daquelas que são hoje consideradas como as duas mais importantes casas de leilões de Arte e Antiguidades em todo o mundo, a Sotheby's, fundada em 1744, e a Christie's, fundada em 1766. -------------------------------------------------------------------------------- Século XIX -------------------------------------------------------------------------------- Jóias imperiais francesasEm 1872 a Imperatriz Eugênia de França vendeu em Londres, num leilão da Casa Christie's, 123 lotes das suas jóias imperiais. Em 1887, o Estado francês organiza, em Paris, uma venda em leilão de mais um conjunto de 69 lotes dessas mesmas jóias. Tal como em Londres, também em Paris, o maior comprador foi a Casa Tiffany's, de Nova Iorque.Leilão da coleção de D. Fernando II de PortugalApós a morte do rei, em 1886, é organizado aquele que ainda hoje pode ser considerado o maior leilão já realizado em Portugal. As coleções do rei eram famosas em toda a Europa e o interesse foi tremendo. O catálogo listava 4.581 lotes e seu leilão iniciou-se "no dia 3 de janeiro de 1893 e seguintes, até o fim de fevereiro", durou, portanto, cerca de 2 meses. -------------------------------------------------------------------------------- Século XX -------------------------------------------------------------------------------- É interessante notar que embora praticamente tudo seja vendável em leilão, desde gado a cavalos puro-sangue, de automóveis a habitações, de brinquedos a selos ou moedas, os leilões com maior cobertura dos media são sem a menor dúvida os de Arte e Antiguidades. São também os que provavelmente reúnem um maior número de interessados. Grandes coleções se dispersam, outras se formamNo século passado, muitas das grandes coleções de Arte e Antiguidades se dispersaram, dando assim oportunidade a um número crescente de colecionadores de enriquecerem as suas coleções ou de começarem outras novas. Em todas essas situações o leilão desempenhou um papel essencial, pois foi por meio dele que milhares de obras de arte mudaram de mãos, em excitantes sessões, com a presença de compradores de todos os continentes.Um exemplo de um leilão extraordinário, pela sua dimensão e variedade, foi o da Coleção dos Grão-Duques de Baden (colecção Thurn & Taxis), realizado em outubro de 1995, que durou um mês. Seu catálogo tinha 7 volumes e foram leiloados 7.000 lotes.Outros leilões se valeram dos nomes mais ou menos famosos de colecionadores, de políticos, artistas e outras celebridades, tais como, Elton John, princesa Diana, Rudolf Nureyev, Jaqueline Kennedy, John F. Kennedy, entre outros.Apesar de todo o destaque que essas vendas recebem, são os outros leilões de Arte e Antiguidades, aqueles que se realizam diariamente por todo o mundo, que fornecem à maioria dos colecionadores e dos comerciantes de antiguidades as peças que necessitam para as suas coleções ou para os seus clientes.A InternetA partir do início dos anos 90, surge algo de novo no panorama dos leilões: a Internet. Muitas experiências se realizaram por todo o mundo; no entanto, nenhuma terá tanto sucesso como a criação de dois estudantes californianos, Pierre Omidyar e Jeff Skoll, de um centro de compras de bens e serviços para indivíduos e que rapidamente se transforma no que hoje conhecemos, o site de vendas em leilão eBay, o "local" com o maior número de objetos vendidos, em leilão, no globo. (Colaborou Palácio do Correio Velho).
DENNES LOPES.
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