terça-feira, 14 de junho de 2011

CIDADE TABRIZ


A origem da cidade é obscura. Pesquisadores afirmam que a primeira referência a Tabriz aparece em uma placa de pedra da época de Sargão, um rei assírio. A placa se refere a um lugar chamado Castelo de Tauri e Tarmkis, que os historiadores pensam se tratar do local onde atualmente fica Tabriz.

Tabriz foi a capital da região por um período quase contínuo, entre o século III e a época do Ilkhanato do Azerbaijão, sendo substituída durante um curto período por Maragheh.

É sob o ilkhanato que Tabriz conheceu o auge de sua glória (1270 - 1305), pois os soberanos fizeram construir numerosos monumentos e atraíram muitos artistas e intelectuais. Novos muros foram construídos em torno da cidade, bem como edifícios públicos e caravansaraipara servir aos mercadores da antiga Rota da seda.

Em 1392, no fim do reino dos mongóis, Tamerlão saqueou cidade. Pouco depois, entre 1469 e 1502, a cidade foi reconstruída pelos Aq Qoyunlu, uma dinastia local turcomana. Os Safávidas tomaram Tabriz em 1501 e a tornaram sua capital, a partir de 1502 até 1548, sendo que a capital do Irã foi transferida para Qazvin e depois para Isfahan. A partir dessa época e até o século XIX, a cidade coheceu um declínio acentuado em razão dos frequentes ataques dos otomanos e depois, dos russos. Os russos ocuparam a cidade por ocasião da guerra russo-iraniana de 1826-1828. A cidade será devolvida ao Irã após a assinatura do Tratado de Turkmanchai.

A cidade tornar-se-á residência da dinastia Qajar, retomando a sua antiga prosperidade a partir da metade do século XIX, quando o Irã começa a se abrir para o Ocidente e Tabriz se torna ponto de passagem entre o interior do país e o Mar Negro.

No início do século XX, Tabriz se torna o centro da oposição a Mohammad Ali Shah Qajar, quando da revolução constitucionalista iraniana, que em Tabriz foi conduzida por Sattar Khan e Bagher Khan.

Os russos (e a União Soviética) ocuparam a cidade várias vezes, sobretudo após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial

Terremotos violentos destruíram muitos dos monumentos históricos da cidade. Um importante monumento que sobreviveu a tais terremotos é a Cidadela de Tabriz (Arg-e Tabriz ou Arg-e Alishah), uma ruína de elementos verticais

DENNES LOPES.
www.netzachtapetes.com.br

Tradicionais centros de produção de tapetes no Irã (Pérsia)

Os principais centros clássicos de produção de tapetes na Pérsia estavam em Tabriz (1500-1550), Kashan (1525-1650), Herat (1525-1650), e Kerman (1600-1650).

A maioria dos tapetes de Tabriz tem um medalhão central e outros em cada um dos quatro cantos sobrepostos a um fundo ornamentado de ramos de videira, às vezes pontuado com caçadores montados, animais isolados, ou cenas de lutas de animais. Talvez o mais conhecido dos trabalhos de Tabriz seja a dos dois tapetes gêmeos provavelmente feitos para o santuário de Ardabil (hoje um deles se encontra na coleção do Victoria and Albert Museum, em Londres e o outro no museu da cidade de Los Angeles).

Kashan é conhecida por sua produção de tapetes de seda. Suas obras mais famosas são os três tapetes de seda que representam cenas de caça com caçadores a cavalo e suas presas, que são verdadeiras obras-primas, conservadas nas coleções do Museu de Artes Aplicadas de Viena (o MAK), o Museu de Belas Artes de Boston e o Museu de Estocolmo. Os tapetes de Kashan estão entre os mais valiosos atualmente. Sabe-se, por exemplo, que um tapete foi vendido em 1969 na Alemanha por $20 000.

Os tapetes de Herat, ou aqueles com desenhos semelhantes criados em Lahore, no Paquistão e Agra, na Índia, são os mais numerosos nas coleções ocidentais. Eles são caracterizados por terem um campo vermelho com ornamentos de ramos de videira e palmeiras, com bordas verde-escuras ou azuis.

As sete classes de tapetes Kerman foram definidos por sua estrutura única e denominada "técnica do vaso".[17] Os tipos de tapetes neste grupo incluem os tapetes de jardins (ornamentados com formas de jardins e canais de água) e os tapetes de treliças ogivais. Um exemplar bem conhecido e perfeito deste último tipo foi adquirido pelo Victoria and Albert Museum sob a orientação de William Morris. A influência dos tapetes persas é bem notada nos desenhos destes tapetes.

DENNES LOPES.

www.netzachtapetes.com.br

Símbolos e significado dos tapetes orientais

O tapete sempre cumpriu no Oriente uma dupla função, prática e simbólica, cujo sentido na atualidade se perde às vezes. Constitui um espaço mágico onde as bordas representam os elementos terrestres erguidos na defesa do campo, habitado pela esfera do universo e do divino[16]

Um dos ornamentos mais comuns é a árvore, árvore da vida, que representa a fertilidade, a continuidade, e serve de ligação entre o subsolo, a terra e o divino. Este motivo totalmente pré-islâmico é representado, muitas vezes, nos tapetes de oração persas.

As nuvens, que sob uma forma muito estilizada podem converter-se em trevos, simbolizam a comunicação com o divino e a proteção divina.

O medalhão central representa o sol, o divino, o sobrenatural. Em alguns tapetes, os cantos repetem os motivos do medalhão central; estes quatro elementos passam a ter então o significado de portas de aproximação e de proteção do centro divino.

O jardim, associado ao paraíso (a palavra deriva do persa antigo pairideieza que significa 'jardim', 'cercado', que originou pardis em persa) dá lugar a um tipo de composição que aparece a partir do século XVII na Pérsia que imita os jardins dos xás, divididos em partes retangulares ou quadradas por alamedas e canais de irrigação (chahar bagh).

Também podem ser encontrados tapetes de tema cinegético: a caça é uma atividade apreciada pelos xás, que requer destreza, força e conhecimento da natureza. Este tema também está associado ao paraíso e às atividades espirituais, uma vez que a caça se desenvolve muitas vezes em uma natureza que pode invocar os jardins do paraíso. O tapete de Mantes, datado da segunda metade do século XVI e conservado no museu do Louvre é um bom exemplo.

dennes lopes

www.netzachtapetes.com.br