quarta-feira, 28 de março de 2012

DENNES LOPES TECELAGEM


Técnica que consiste, basicamente, na confecção artesanal de um tecido, geralmente encorpado, formado pelo cruzamento de duas estruturas de fios obtidos de fibras flexíveis, como lã ou algodão. O uso de fios coloridos e de técnicas diversas de entrelaçamento permite que figuras sejam compostas durante o processo de execução.

A origem da tecelagem é de difícil localização. A prática surge em épocas próximas e de forma semelhante em vários lugares do mundo. Na Antiguidade, é desenvolvida por povos que habitam a Mesopotâmia, Egito, Grécia, Roma, Pérsia, Índia e China. Países do Oriente Médio, como o atual Irã e a Turquia, mantêm importante tradição na manufatura de tapetes, que, em geral, contêm elaborados desenhos geométricos.

Na Europa, durante a Idade Média, a confecção de painéis tecidos assume grande importância como elemento decorativo e funcional, o que propicia o desenvolvimento da produção e a sofisticação da técnica. A tapeçaria é utilizada para adornar grandes áreas das paredes dos castelos e igrejas medievais e também para melhorar o conforto térmico destas edificações. A ela cabe ainda uma função narrativa e didática, quando apresenta temas históricos e bíblicos. Como exemplos destas aplicações podem ser citadas a tapeçaria bordada, datada do final do século XI, com 68 centímetros de altura por 70 metros de comprimento, A Conquista da Inglaterra pelos Normandos, conhecida também como Tapeçaria de Bayeux ou Tapeçaria da Rainha Matilda, e o conjunto de tapeçaria Apocalipse, Segundo São João, realizado em um ateliê parisiense entre 1376 e 1381 e conservado na cidade de Angers, França. O tema é apresentado em 7 peças, cada uma com 5 metros de altura e 24 de largura.

A partir do século XIV, a tapeçaria bordada cede lugar para a tecida. Neste período, entre as localidades associadas à sua manufatura, destacam-se Arras e Tournai, em Flandres, e Paris. No final do século XV as reformulações estéticas promovidas pelo Renascimento se refletem também na tapeçaria. A pintura exerce maior influência sobre as peças tecidas, que passam a reproduzir, com a fidelidade possível, as obras de importantes artistas, entre eles, Leonardo da Vinci (1452 - 1519) e Andrea del Sarto (1486 - 1530). Bruxelas torna-se o principal centro de tecelagem, embora a atividade já esteja bastante difundida em toda a Europa. Nesta cidade, no ateliê de Pierre van Aelst, é executada a partir de cartões com desenhos de autoria de Rafael (1483 - 1520), a tapeçaria Os Atos dos Apóstolos, uma encomenda do Papa Leão X (1475 - 1521), destinada à Capela Sistina.

A partir do século XVI, a França destaca-se na produção da tapeçaria, graças, sobretudo, à ajuda oficial às manufaturas, cuja produção principal se destina aos palácios reais. Em 1539 é criada em Fontainebleau, por Francisco I (1494 - 1547), a primeira manufatura real de tapeçaria. Em 1662, Jean-Baptiste Colbert (1619 - 1683), ministro de Luis XIV (1638 - 1715), adquire para a Casa Real as propriedades do bairro de Saint Marcel, em Paris, e faz com que todas as oficinas de tecelagem, dispersas e produzindo com dificuldades devido à situação econômica e social da época, se reúnam nessa área. Essa centralização dá origem, em 1667, à Manufatura Real de Móveis e Tapetes da Coroa, que fica conhecida como Manufatura dos Gobelins. Trata-se de um centro criativo de atividade intensa que agrupa, além de tecelões, gravadores, marceneiros e joalheiros, sob a direção do pintor Charles Le Brun (1619 - 1690). Durante o século XVIII, como outros ateliês sob os auspícios reais, entre eles Aubusson e Beauvais, tem a produção voltada para tapeçarias com motivos campestres ou exóticos, de apelos decorativos. Os Gobelins são responsáveis pela confecção, entre 1687 e 1688, de tapeçarias baseadas em pinturas com temática brasileira de autoria de Albert Eckhout (ca.1610 - ca.1666). Essas peças, conhecidas como Tapeçarias das Índias, são repetidas e, no século XVIII, bastante modificadas em relação aos modelos originais. Cinco dessas tapeçarias pertencem ao acervo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp.

A tapeçaria e algumas das instituições a ela dedicadas, acompanham as transformações sociais e estéticas que ocorrem nos séculos seguintes. No século XX, ateliês de longa tradição e que se mantêm em funcionamento de forma menos ativa, como dos Gobelins e Beauvais, passam a se dedicar por exemplo, à execução de peças criadas por artistas como Raoul Dufy (1877 - 1953), Georges Braque (1882 - 1963), Pablo Picasso (1881 - 1973), Joán Miró (1893 - 1983) e Henri Matisse (1869 - 1954). Artistas como Lucien Coutaud (1904 - 1977) e Jean Lurçat (1892 - 1966) são responsáveis por introduzir modificações técnicas na tapeçaria, considerando as possibilidades de criação específicas do suporte. Na década de 1920, na Alemanha e por influência da Bauhaus, a tecelagem recebe novo impulso criativo.

No Brasil, a utilização da tapeçaria como expressão artística, pode ser percebida em trabalhos, entre muitos outros, de artistas como Regina Graz (1897 - 1973), pioneira na renovação, na década de 1920, das artes decorativas nacionais; Genaro (1926 - 1971), que passa a se dedicar à tapeçaria a partir de 1950 e cria, em 1955, o primeiro ateliê brasileiro desta arte; Norberto Nicola (1930 - 2007) e Jacques Douchez (1921), que em São Paulo, e na década de 1960, realizam uma investigação formal, rompendo com a bidimensionalidade tradicional da tapeçaria; Sorensen (1928), Burle Marx (1909-1994) e Francisco Brennand (1927), que produzem trabalhos valorizando as especificidades dessa técnica.
DENNES LOPES

terça-feira, 27 de março de 2012

DICAS DE DENNES LOPES


1 – EVITAR PASSAR VASSOURA NO SEU TAPETE. •A vassoura não limpa e sim danifica seu tapete. A vassoura esgarça o pêlo, e com o tempo os nós são rompidos e os resíduos penetram cada vez mais na trama.
2 – A LÃ NATURAL DO TAPETE É PROTEGIDA PELO ÓLEO NATURAL.•A lã do carneiro possui um envolvimento de óleo natural semelhante ao cabelo humano. Esta oleosidade independe da densidade, não permitindo aglomerar sujeira e fazendo com que a mesma caia para a base do nó do tapete, como ocorre com o cabelo humano, que vai para o couro cabeludo.
3 – PARA RETIRADA DE RESÍDUOS DE COMIDA UTILIZAR A FETICEIRA OU ASPIRADOR DE PÓ PORTÁTIL. O rolinho de limpeza tipo “feiticeira” é o ideal para retirar resíduos que ficam na superfície da lã, evitando que os mesmos penetrem no interior do tapete, conforme explicação do Item acima.
4 – LIMPEZA IDEAL SE FAZ VIRANDO O TAPETE OU SEJA, O LADO DA LÃ EM CONTATO COM O SOLO.Dependendo do tipo de uso, por exemplo, em residências sem crianças, pode ser feito em até uma vez por ano. Procede-se da seguinte maneira: vira-se o tapete com o pêlo para o solo, e em seguida pise em cima. O pó ou resíduo que estiverem na base da lã, cairão no solo, então retira-se o tapete sem arrastá-lo. Esta operação será repetida enquanto sair pó ou resíduo.
5 – USO DO ASPIRADOR DE PÓ NO INÍCIO É BOM DEPOIS NÃO MUDA NADA. O uso do aspirador de pó após a compra de um tapete persa novo, é muito importante, pois retira micro fios de lã cortada que a lavagem oriental nem sempre exclui totalmente. O tempo máximo de quatro meses, é o suficiente para aspirar a lã cortada que muitas vezes encontram-se presas na lã fixa, deve-se então parar com o uso de aspirador, pois o mesmo, na prática, não fará nada a não ser diminuir a vida útil do seu do seu tapete.
6 – APÓS ALGUM TEMPO DE USO O TAPETE DEVERÁ SER LAVADO.•Em residência longe de maresia, normalmente fechada por uso do ar condicionado e atividades familiares normais, a conservação do tapete de lã poderá ser feita no prazo máximo de até 03 (três) anos. Nas cidades praianas, a lavagem do tapete de lã, deverá será feita em média de 02 (dois) anos, e os de seda em 01 (um) ano.
7 – A LAVAGEM DE UM TAPETE SÓ DEVE SER FEITA POR OFICINA ESPECIALIZADA.•Não se deve em hipótese alguma, lavar um tapete persa fora de uma oficina especializada.
8 – NO CASO DE CAIR LÍQUIDO LIMPAR DE IMEDIATO.•Os eventuais acidentes com líquidos, em primeiro lugar, devem ser retirados logo com o uso de pano seco, para absorver o excesso, e em seguida para retirada total, é extremamente adequado o uso de pequena quantidade de vinagre branco em um pano bem molhado esfregando cautelosamente bem o local para proteção da lã. O vinagre só deverá ser usado nesse caso - situação de emergência - pois, o mesmo deve ser evitado no dia a dia. Acidentes maiores só devem ser resolvidos em oficina especializada.Qualquer dúvida não deixe de nos consultar. Estaremos sempre à disposição
DENNES LOPES.

NUMEROS PERSA

ISSO É UMA AJUDA PARA IDENTIFICARMOS AS DATAS QUE AS VEZES VEM DESCRITO NOS TAPETES
DENNES LOPES

A ARTE ORIENTAL


Até bem pouco tempo os orientais achavam que os povos do ocidente não eram civilizados, não tinham cultura e os chamavam de bárbaros. De certa forma tinham razão pois, até o fim da Idade Média - portanto antes do Renascimento - a barbárie campeava na Europa. Com exceção das civilizações grega e romana (depois extintas), todas as outras civilizações e conseqüentes manifestações artísticas, vinham da Ásia - do Oriente Médio e do Extremo Oriente.

Por outro lado, alguns acreditam que a história das artes européias e até as da bacia do Mediterrâneo pode ser contada desprezando as artes do Extremo Oriente, cuja influência no ocidente só foi exercida esporádica e superficialmente. Também não se pode aceitar a afirmação de que a China possui civilização e artes plásticas mais antigas do mundo, pois nas épocas brilhantes da arte egípcia, a China só produzia uma cerâmica primitiva. E mesmo quando os mármores do Partenon eram trabalhados por Fídias, a China ainda não passara dos vasos de bronze, ainda que esses tivessem grande valor artístico. O que se pode afirmar é que a China possui a mais antiga civilização continuada do mundo.

Muito embora a expressão "Extremo Oriente" seja empregada, com relação à China, Índia, Japão e Coréia, mais em função da distância geográfica entre estes países e o Ocidente, também insinua um afastamento cultural difícil de transpor. E mesmo com relação a outras regiões da Ásia, havia (e há) muitas incompreenções.
Em função do distanciamento cultural e geográfico, é fácil entender o relacionamento complicado e tumultuado entre Ocidente e Oriente, inclusive a tendência de considerar negativamente as manifestações artístico-culturais asiáticas. Muito contribuiu para isso os hábitos e convenções opostas aos nossos costumes e tradições, como por exemplo o luto, que por aqui é preto e lá é branco, a maneira de ler um livro é diferente, eles começam a leitura pela última página, etc. Somente nas décadas de 20 e 30 do século XX, mediante diversas exposições compreensivas realizadas no Ocidente, foi que a arte oriental ofereceu um panorama mais completo para os ocidentais.

Até o final da Idade Média, os desertos, montanhas e outros acidentes geográficos, sem falar nas diferenças políticas, eram uma barreira quase intransponível entre estes dois mundos. No caso da China, o isolamento só era rompido levemente pelas Rotas da Seda, e mesmo sua comercialização era feita por uma corrente de intermediários que impedia qualquer contato com os chineses. No século XVIII os árabes andaram brigando com os amarelos, mas logo o Islam passou a intermediário, transportando não só a seda, como invenções chinesas tipo o papel e a Imprensa, ao mesmo tempo que os chineses recebiam ensinamentos sobre matemática e astronomia.
Entre o segundo milênio e o nascimento de Cristo, as civilizações do Extremo Oriente cresceram e floresceram, ao mesmo tempo que se isolava de outras culturas. Somente no Sul houve um canal de comunicação ininterrupto com o Sudoeste asiático, que ficou imbuído da cultura chinesa. Foi aí que a civilização indiana entrou em contato com a chinesa, aparecendo nas artes importantes e interessantes criações híbridas em várias regiões. Finalmente, a proximidade de povos menos civilizados fez com que os chineses ficassem convictos de sua superioridade cultural, o que de fato eram durante os séculos medievais. Foi essa cultura que se infiltrou pelo nordeste da Coréia (importantes intermediários) e atingiu as ilhas japonesas. É importante ressaltar que a Religião, como sempre acontece, teve um papel importante no desenvolvimento das civilizações e artes naquela região. O budismo, com sua iconografia helenizada, conquistou completamente o Extremo Oriente.

Nas próximas edições vamos tentar contar a história da arte na Índia, China, Japão e Coréia. Por ser um trabalho muito complexo, que envolve muitos séculos, da diversidade e da riqueza das civilizações, vamos nos basear mais no período histórico, sem abandonar alguns aspectos da pré-história que vieram à luz através da arqueologia. Em função de numerosos achados arqueológicos, podemos afirmar que o período Neolítico (até 2500 a.C., situado entre o mesolítico e a idade dos metais, quando o homem já está polindo a pedra, dedica-se à cultura, domestica animais e constrói cidades lacustres), dos referidos países, está mais ou menos documentado e a partir daí é possível acompanhar a evolução artística e o desenvolvimento destas civilizações.
DENNES LOPES.

HISTORIA DOS LEILÕES


Leilões na Antigüidade Segundo alguns historiadores, como o grego Heródoto, os primeiros leilões registrados e aceitos como tal realizaram-se na Babilônia cerca de 500 a.C. Anualmente era realizado um leilão das mulheres em idade de casar, as mais bonitas atraíam grande interesse por parte dos licitantes e eram muito disputadas pelos potenciais maridos, as menos bonitas eram normalmente apresentadas juntamente com algo mais atrativo (ovelhas, cabras, vaca...), o chamado "dote", para estimular os compradores. Ainda na Babilônia, realizavam-se por essa época e posteriormente, leilões de escravos, e continuaram ao longo da História até ao século XIX. -------------------------------------------------------------------------------- Roma -------------------------------------------------------------------------------- Quem vivesse na época do Império Romano, principalmente nas zonas de fronteira, poderia assistir ao leilão dos espólios, realizado pelos soldados depois de uma batalha. Tais lotes de espólios, que eram marcados pelas espadas de cada soldado, podiam incluir armas, objetos de arte, alimentos, gado, prisioneiros que eram feitos escravos, entre outros. O pregoeiro nesses leilões era normalmente o oficial da unidade. -------------------------------------------------------------------------------- Império Romano -------------------------------------------------------------------------------- Império romano vendido em leilãoMarco Didio Severo Juliano nasceu em Milão, no fim do reinado de Adriano, filho de família senatorial. Foi cônsul em 174 ou 175 d.C. e governou uma série de importantes províncias militares. Foi absolvido da acusação de envolvimento numa conspiração contra Comodo e no começo do ano de 190 governou a África. Quando Pertinax foi assassinado (28 de março de 193), Juliano estava a caminho de uma reunião do senado, quando foi abordado por dois tribunos da guarda pretoriana, que insistiram com ele para que tomasse o poder e levaram-no para o acampamento. Lá encontrou Flavio Sulpiciano, que tentava ser proclamado imperador. Então, os dois disputaram o poder por meio de lances de leilão, de donativos aos guardas. Juliano ganhou a disputa pagando vinte e cinco mil sestércios para cada homem, foi proclamado imperador e prometeu restaurar o bom nome de Comodo. O seu reinado durou apenas sessenta e seis dias, sendo assassinado no palácio a 1 ou 2 de junho por um soldado comum. -------------------------------------------------------------------------------- Século XVI -------------------------------------------------------------------------------- Em Portugal, no reinado de D. João III (1521-1557), surgem nas crônicas referências a vendas em leilão, "… mandou tomar as fazendas e vendê-las em leilão, e entregar o dinheiro na feitoria".Na França, de acordo com um documento que consta da Biblioteca Nacional de França, uma lei de 1556 criou um serviço designado Huissiers Priseurs, (Meirinhos Leiloeiros), cuja função era "avaliar, negociar e vender todos os bens deixados por morte ou executados na Justiça".A mais antiga referência ao ato de leiloar, na Inglaterra, surge em 1595 numa entrada do Oxford English Dictionary; não há outras menções antes da 2ª metade do século XVII. -------------------------------------------------------------------------------- Século XVII -------------------------------------------------------------------------------- Porcelana da Companhia das ÍndiasEm 1602 e em 1604 os holandeses capturaram dois navios portugueses na Rota das Índias, o "São Tiago" e o "Santa Catarina", ambos carregados de porcelana da China, muito desejada por toda a Europa e cujo comércio era na época monopólio de Portugal. Após a captura, a preciosa carga foi vendida em leilão em Midleburgo. Os bons resultados da venda de 1602 aceleraram a formação da Companhia das Índias Holandesa, conhecida pelas suas inicias, em holandês, VOC.Ao longo da história, muitos artistas têm sofrido as conseqüências de não conseguirem vender as suas obras, por isso têm que recorrer a um leilão, um exemplo:Rembrandt (1606-1669)1656 - Rembrandt declara falência e todos os seus bens são arrolados para venda em leilão para pagamento de dívidas.1657 - Primeira venda dos bens de Rembrandt; o leilão é organizado pelo leiloeiro Th. J. Haringh.1658 - Última venda dos bens.Leilão de vinhoEm 20 de fevereiro de 1673 realiza-se em Londres o primeiro leilão de vinho de que se tem registro.Nessa época, os leilões realizavam-se em tabernas e pubs e também vendiam objetos de arte. É provável que tivessem uma freqüência diária ou semanal e que catálogos ou outro tipo de listagem fossem impressos para tornar mais fácil o acesso e o conhecimento dos compradores acerca de onde, quando e o que ia ser vendido. -------------------------------------------------------------------------------- Século XVII -------------------------------------------------------------------------------- As inovaçõesEm 1712 um francês chamado Pierre Antoine Matteus contribuiu de um modo fundamental para a história dos leilões ao realizar a primeira venda geral, misturando pintura, mobiliário, louças e pratas, por oposição ao que era comum até então. Mais tarde saiu da França e foi estabelecer-se na Inglaterra.Em 1717 surge o primeiro catálogo da América do Norte para a venda da biblioteca de Ebenezer Pemberton, pastor da igreja. O leilão realiza-se em Boston.O século XVIII assiste ao nascimento, em Londres, daquelas que são hoje consideradas como as duas mais importantes casas de leilões de Arte e Antiguidades em todo o mundo, a Sotheby's, fundada em 1744, e a Christie's, fundada em 1766. -------------------------------------------------------------------------------- Século XIX -------------------------------------------------------------------------------- Jóias imperiais francesasEm 1872 a Imperatriz Eugênia de França vendeu em Londres, num leilão da Casa Christie's, 123 lotes das suas jóias imperiais. Em 1887, o Estado francês organiza, em Paris, uma venda em leilão de mais um conjunto de 69 lotes dessas mesmas jóias. Tal como em Londres, também em Paris, o maior comprador foi a Casa Tiffany's, de Nova Iorque.Leilão da coleção de D. Fernando II de PortugalApós a morte do rei, em 1886, é organizado aquele que ainda hoje pode ser considerado o maior leilão já realizado em Portugal. As coleções do rei eram famosas em toda a Europa e o interesse foi tremendo. O catálogo listava 4.581 lotes e seu leilão iniciou-se "no dia 3 de janeiro de 1893 e seguintes, até o fim de fevereiro", durou, portanto, cerca de 2 meses. -------------------------------------------------------------------------------- Século XX -------------------------------------------------------------------------------- É interessante notar que embora praticamente tudo seja vendável em leilão, desde gado a cavalos puro-sangue, de automóveis a habitações, de brinquedos a selos ou moedas, os leilões com maior cobertura dos media são sem a menor dúvida os de Arte e Antiguidades. São também os que provavelmente reúnem um maior número de interessados. Grandes coleções se dispersam, outras se formamNo século passado, muitas das grandes coleções de Arte e Antiguidades se dispersaram, dando assim oportunidade a um número crescente de colecionadores de enriquecerem as suas coleções ou de começarem outras novas. Em todas essas situações o leilão desempenhou um papel essencial, pois foi por meio dele que milhares de obras de arte mudaram de mãos, em excitantes sessões, com a presença de compradores de todos os continentes.Um exemplo de um leilão extraordinário, pela sua dimensão e variedade, foi o da Coleção dos Grão-Duques de Baden (colecção Thurn & Taxis), realizado em outubro de 1995, que durou um mês. Seu catálogo tinha 7 volumes e foram leiloados 7.000 lotes.Outros leilões se valeram dos nomes mais ou menos famosos de colecionadores, de políticos, artistas e outras celebridades, tais como, Elton John, princesa Diana, Rudolf Nureyev, Jaqueline Kennedy, John F. Kennedy, entre outros.Apesar de todo o destaque que essas vendas recebem, são os outros leilões de Arte e Antiguidades, aqueles que se realizam diariamente por todo o mundo, que fornecem à maioria dos colecionadores e dos comerciantes de antiguidades as peças que necessitam para as suas coleções ou para os seus clientes.A InternetA partir do início dos anos 90, surge algo de novo no panorama dos leilões: a Internet. Muitas experiências se realizaram por todo o mundo; no entanto, nenhuma terá tanto sucesso como a criação de dois estudantes californianos, Pierre Omidyar e Jeff Skoll, de um centro de compras de bens e serviços para indivíduos e que rapidamente se transforma no que hoje conhecemos, o site de vendas em leilão eBay, o "local" com o maior número de objetos vendidos, em leilão, no globo. (Colaborou Palácio do Correio Velho).
DENNES LOPES.

domingo, 25 de março de 2012

Algumas duvidas antes de comprar tapetes


Antigamente no Iran e difilcilmente usado até hoje, o tecelão de Tabriz, usava para classificar seus tapetes a medida RAJ. 1 RAJ é igual a 7cm linear significa que um tapete tabriz 40 Raj tem 40 nós em 7 centimetros . Eu nos meus 35 anos estudando e vendo tapetes oriental todos dias, nunca vi um tapete tabriz que fosse sua base de algodão acima de 60 RAJ. Existem alguns comerciantes aqui no Rio de janeiro que anunciam tabriz 70 e até 80 Raj, enganando os seus clientes, por tanto pesquisem antes de adquirir um tapete tabriz. Uma pegunta que me fazem sempre em minha loja é sobre o tempo que leva um tapete para ficar pronto, existe uma lenda que um tapete leva 2 há 4 anos para ficar pronto, isso pode acontece se um Sheik um Rei ou uma pessoa rica, fazer uma encomenda ou em alguns casos de tapete grande exposto em museu, mas esses que encontramos em lojas, ficam prontos em semanas no maximo em 2 meses , senão fosse assim, o artesão morreria de fome , tecelão também tem contas a pagar, por isso se trabalha varios tecelões na mesma peça, quanto mais cedo ela for concluida mais cedo será vendida. Outra pergunta é sobre assinatura , o tapete assinado vale mais? , nem sempre existe tapetes produzido no paquistão que são assinados e nem por isso valem mais. Alguns casos como o tecelão famoso de naim, o HABIBIAN a sua assinatura valorisa muito um tapete naim , HABIBIAN morreu na década de 90 aonde de lá pra cá comerciantes mal intencionado começaram a pedir para artesões incluirem assinatura falsas de habibian . Na foto acima uma assinatura real de Habibian. DENNES LOPES.

Arte iraniana




Arquitetura

Durante o período Islâmico, a arquitetura no Irã obteve enormes progressos, especialmente com relação aos edifícios religiosos. As técnicas usadas pelos Sassanidas foram adotadas pelo Islamismo e mesquitas com uma cúpula central e dois minaretes tornaram-se, aos poucos, uma regra. Estas formas, que tornaram-se uma característica das mesquitas iranianas, constituem um visual distintivo às cidades e vilarejos do Irã. Diversas grandes mesquitas do período Seljuq ainda permanecem existentes; dentre elas destaca-se a "Mesquita de Sexta-Feira" (Masjid-i-Jamé), localizada na cidade de Isfahan, e que nos dá uma idéia do grau de perfeição alcançado pela arquitetura desta época. O uso da ornamentação com tijolos também foi difundido de forma especial.

Nos períodos dos Timuridas e Safavidas, cúpulas e minaretes tornaram-se cada vez mais afilados e o uso de azulejos esmaltados, que era típico entre todas as modernas construções religiosas Persas, passou a ser de uso geral.

Obras-primas como a Mesquita do Sheikh Lotfollâh em Isfahan, assim como as mesquitas e mausoléus de Samarkand, correspondem a maravilhosas ilustrações de como esta arquitetura utilizava azulejos esmaltados cobertos por arabescos, estilos florais e versos do Alcorão para decorarem seus edifícios. Isfahan, em particular, a capital dos Safavidas, com suas numerosas mesquitas, palácios, pontes e caravanas, representa uma jóia da arquitetura iraniana deste notável período.

A influência da arquitetura iraniana nesta época foi especialmente forte na Índia, em seus famosos monumentos como, por exemplo, o Taj Mahal, que contém diversos elementos retirados desta tradição arquitetônica.


Caligrafia

Ao lado da arquitetura, a caligrafia é a principal arte religiosa nos países Islâmicos. O fato de se copiar versos do Sagrado Alcorão já corresponde a um ato de devoção e, com os séculos, artistas muçulmanos inventaram diversos tipos de escrita árabe, em escrituras que variavam da mais severa reprodução dos caracteres à mais branda.

No Irã, um grande número de estilos caligráficos foram criados e esta arte alcançou um grau de refinamento de tal ordem que tem sido considerada sempre como a principal forma de arte.

Até hoje uma bela escrita é característica de um homem culto e os iranianos mostram grande respeito pela caligrafia. Esta atitude é aparente a muito tempo atrás, desde a época dos Abbasidas e Seljuques, quando os manuscritos começaram a ser produzidos e que tornaram-se notáveis tanto na caligrafia quanto nas ilustrações. Entre tais manuscritos não são encontrados somente cópias do Alcorão, mas também trabalhos científicos e históricos.

Ilustrações



Uma das formas iranianas de arte mais conhecidas é a ilustração. No Irã, a escultura não se desenvolveu após a chegada do Islã, porém, a arte da ilustração em livros conduziu a uma criação gradual da arte pictórica intimamente ligada ao desenvolvimento da literatura. O primeiro trabalho ilustrado de grande valor foi a Coleção de Crônicas por Rashid al-Din que data do século 13. Após a invasão Mongol, a influência da China tornou-se cada vez mais aparente e trouxe à pintura Persa o refinamento e delicadeza, atingindo seu ápice na época dos Timuridas e Safavidas. O livro que inspirou a maioria das ilustrações foi o poema épico de Firdousi. O mais belo e famoso livro ilustrado foi o Shah-Nameh na versão de Demmote. O mais conhecido ilustrador iraniano chama-se Behzad que viveu no século 15 e cuja influência foi sentida no período Safavida. Os Safavidas tiveram um interesse especial nesta forma artística que passou a ser praticada extensivamente, influenciando, ao mesmo tempo, a pintura indiana contemporânea.

Foi na época de Shah Abbas que outro grande ilustrador, Reza Abbassi, viveu e pintou. Seu estilo serviu para inspirar pintores dos séculos 17 e 18. Após o final do período Safavida, a arte da ilustração entrou rapidamente em declínio. No período dos Qajares uma nova escola de pintura formou-se e possuía determinados aspectos de sua arte baseados em técnicas de pinturas européias, especialmente com relação à perspectiva e certo naturalismo.

Tapetes



No século passado, a moda dos tapetes iranianos espalhou-se por todo o mundo, de tal modo que pouquíssimas residências na Europa não o possuíam. A origem dos tapetes iranianos pertencem a tempos remotos. Pastores nômades costumavam espalhar pequenos tapetes em suas tendas e, até hoje, os iranianos preferem Ter o chão de suas casas cobertos por tapetes. Existem provas de que os tapetes iranianos existiam antes da época islâmica.

No período islâmico, tribos turcas iniciaram suas imigrações para a Anatólia. Suas jornadas os levaram através do Irã onde algumas destas tribos decidiram permanecer nas regiões ao norte do país. Os Turcos já possuíam tapetes tecidos a muito tempo, utilizando um tipo especial de laço. Da idade média em diante, os iranianos combinaram o nó turco com o seus próprios nós persas que diversificou vastamente as diferentes maneiras de se tecer um tapete.

Os monarcas Safavidas foram os primeiros a patrocinar a manufatura de tapetes. Assim como a arte têxtil e tantas outras, a arte da tapeçaria atingiu seu maior grau de perfeição nos séculos 16 e 17. A maioria dos tapetes presentes em museus do mundo inteiro datam deste período. Após a queda dos Safavidas, esta arte entrou em declínio e só foi receber novo ímpeto no período dos Qajares. Foi daí em diante que o mercado europeu abriu suas portas aos tapetes iranianos que eram, geralmente, importados de Istambul. Devido às demandas deste mercado, as rendas e as cores apresentaram certas mudanças. Hoje porém, assim como no passado, um tapete iraniano de boa qualidade, que não é manufaturado objetivando o lucro, expressa o prazer e a criatividade do artesão.

A fama universal do tapete iraniano deve-se basicamente à delicadeza do nó, à novidade nos estilos e na durabilidade e coordenação das cores utilizadas.

Diferentes regiões no Irã possuem diferentes características naturais que diferem entre si na forma na qual é aplicada da renda, tanto que o estilo do tapete é suficiente para se determinar a qual região ele pertence.

Artesanato



Em adição à manufatura de tapetes, que tem sido apreciado, certamente, por seu verdadeiro valor, os artesãos iranianos também têm mostrado seus talentos em outros campos menos conhecidos.

Em um extenso país como o Irã, onde existe uma variedade de climas, de tradições que se conhecem e se interagem entre si e onde os diversos contatos entre iranianos e povos de países vizinhos contribuíram para a formação de sua rica cultura, torna-se óbvio que, durante séculos, artesanatos altamente diversificados e elaborados foram desenvolvidos.
Os principais exemplos das habilidades dos artesãos iranianos estão presentes no *Khatam, na esmaltagem, no metal e suas combinações, objetos de couro, madeira e trabalhos de gravações, cerâmica, bordados e tricô.

Khatam corresponde a uma técnica onde o artesão combina tiras de madeira em diferentes cores, marfim, osso e metal para produzir uma variedade de formas geométricas.



Fonte: www.webiran.org.br

Cultura do Irã

Arte e Cultura do Irã

As primeiras produções artísticas da cultura remontam-se ao V milênio a.C. e consistem em figurinhas de barro e vasilhas de cerâmica feitas sem torno e decoradas com pinturas que imitam o trançado do vime.

O conhecimento da metalurgia dá lugar ao desenvolvimento de uma notável indústria do bronze. A arte do metal, assim como, o da cerâmica, desenvolvem-se notavelmente através das diferentes épocas.

A arquitetura e os baixo-relevos, especialmente os que sobrevivem em Persépole, Naqsh-e Rostam e Passárgada, demostram a grande habilidade dos antigos construtores. As edificações dos templos dos sasánidas distinguem-se por seus tetos abovedados, pelo uso de pedras e morteiros e por suas louças elaboradas em barro, prata e ouro. Com a aparecimento do Islão, extenderam-se consideravelmente as manifestações artísticas, como a literatura, a arquitetura, a cerâmica, os tecidos, a cristaleria, a pintura e a miniatura.

O artesanato iraniano goza de fama mundial, especialmente a fabricação de tapetes. O tapete iraniano é um símbolo da arte e indústria deste povo e suas orígens remontam-se aos inícios da cultura persa. A maestria na preparação de tecidos originou-se pela necessidade de manter aquecidas as casas na terras altas e poupar combustível. Sua evolução enriqueceu tanto as cores e desenhos, que ninguém pode competir com eles. Esta maestria tem permanecido com a passagem dos séculos e hoje em dia os tapetes persas ornamentam os chãos de palácios, museus de prestígio, coleções particulares, etc.

Quanto à figuras literárias, Firdusi (o paradisíaco), que viveu no século X, está considerado como o criador da poesía épica da literatura neo-persa. Sua obra principal é o Shahname (Livro dos Reis), que relata em uns sessenta mil versos duplos, antigas lendas épica persas. Destacam, também, Jayyam, poeta filósofo, Hafiz, lírico e gnóstico e Sadi, poeta lírico. Já neste século distingue-se Hedayat, considerado o maior prosista persa contemporâneo.
Dennes lopes.